Se você nunca ouviu falar em Couchsurfing? Aqui conto minha primeira experiência nesse universo desconhecido que é "surfar" na casa de alguém
Em uma tradução literal Couchsurfing seria "surfar no sofá". Em uma explicação mais completa é uma rede social que faz o intermédio entre pessoas que abrem suas casas para receber pessoas que estão viajando! Em suma, junta turistas que querem hospedagem grátis durante sua viagem (em geral mochilão) e pessoas que gostariam de receber esses visitantes.
A intenção é ser uma maneira barata e divertida de partilhar experiências de vida, histórias e o melhor, que você conheça a cidade pelos olhos de um morador, do seu anfitrião. Criado em 2004, o site Couchsurfing já tem 9 milhões de membros em mais de 120 mil cidades.
Quando meu marido fez sua viagem de mochilão em 2009, ele "surfou" (termo usado para dormir na casa de alguém) em cinco países e voltou fascinado com a experiência.
Em dezembro, tivemos uns dias de férias e resolvemos fazer um mochilão de nove dias pela Dinamarca, Noruega e Suécia. Claro que para estudante o dinheiro sempre é curto, então a única maneira de concretizar a viagem seria fazer Couchsurfing.
Eu, totalmente receosa, topei, mas ao mesmo tempo fiquei com meu plano B: uma listinha com nomes de alguns hostels nas cidades em que ficaríamos.
Para a maioria dos brasileiros é um tanto estranho pensar que uma pessoa vá abrir sua casa e dar a chave para um desconhecido passar uns dias por lá. Mas acho que isso é um pouco baseado na violência brasuca, pois querendo ou não a Europa é mais segura.
Os índices de violência são menores e em alguns países mais turísticos vemos roubo de carteiras, mas nada como latrocínio, sequestro e afins. Aqui na Finlândia por exemplo, o índice de roubo é praticamente nulo!
Posso dizer que minha primeira experiência foi incrível! Ficamos na casa de um cara totalmente sossegado e viajado. Imagine uma pessoa que faz Tai Chi ao som de rock enquanto conversa com você e que mora em uma casa de madeira que parece uma cabana!
Ele nos deu várias dicas de lugares bons para passear, a chave da casa e no último dia fez um jantar super gostoso e ainda passamos a noite jogando um jogo de tabuleiro e bebendo vinho.
A segunda já não foi tão boa e tivemos que apelar para o plano B. Quando se faz um mochilão, você quer conhecer a cidade, mas acho que nossa anfitriã não entendeu muito bem a ideia. No fim, acabamos em um hostel super legal.
A terceira posso dizer que também foi muito boa! Um senhor totalmente preocupado com nosso bem estar. Nos deu toalhas limpas, roupas de cama e total liberdade para fazermos nossos horários, além de ótimas dicas de passeios.
Passamos algumas horas cozinhando tapioca, tomando cerveja e vinho, conversando sobre várias coisas e dando muitas risadas.
Passamos algumas horas cozinhando tapioca, tomando cerveja e vinho, conversando sobre várias coisas e dando muitas risadas.
Além dos lugares lindos que visitamos e do conhecimento que adquirimos, acho que um nos maiores ganhos foi passar um tempo conversando com nossos anfitriões e sabendo mais sobre a vida real nesses lugares.
Claro que é muito bom ficar em hotel quando se viaja, mas também é muito bom conhecer histórias de vida. Acho que "surfar" depende muito do tipo de viagem que está fazendo. Para uma lua de mel, nunca; para um mochilão, sempre!
Dicas:
Leia o perfil inteiro da pessoa para ver se os gostos e costumes batem com você. Se não gosta de animais, não peça para ficar em uma casa com animais;
Esteja aberto a interação: conversar, ouvir, comer comidas típicas;
Enquadre a busca com o seu objetivo de viagem. Não adianta ficar na casa de alguém que vai para balada todo dia se você quer dormir cedo.
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