Quem nunca ouviu falar que a Finlândia é um dos melhores países do
mundo para ser ter filhos? Seja pelo benefício que o estado dá ou pela educação
de primeira qualidade, esse assunto é frequente em pautas sobre educação e
maternidade!
Hoje vou falar um pouco sobre minha percepção daqui e vou contar com
a ajuda de uma amiga, a Sanna Puhakainen, mãe de duas meninas e um menino.
Kit maternidade
Implantado nos anos 30, o kit maternidade distribuído pelo governo
finlandês para as futuras mamães já virou uma tradição. Acredita-se que com a caixa contendo
macacões, saco de dormir, roupas de inverno, produtos de banho, roupas de cama,
fraldas e um pequeno colchão assegura que toda criança tenha um começo de vida
igual, independente da classe social.
Com o colchão dentro da caixa de papelão, muitas crianças tem seus
primeiros cochilos dentro da caixa. A futura mamãe pode escolher entre receber
o kit ou pegar o subsídio em dinheiro (em 2010 o valor era cerca de 275 euros),
mas a grande maioria opta pelo kit. Para algumas famílias, o conteúdo da caixa
seria inviável se não fosse gratuito.
Para Sanna, o kit tem seu lado positivo e o negativo. “Primeiro
positivo: eu acho que é ótimo que temos este serviço. É uma espécie de garantia
que, mesmo nas famílias mais pobres as crianças terão alguma roupa básica. Em
seguida, os negativos. Como tem que ser unisex, algumas das cores não são tão
bonitas, mas é claro que é uma questão de gosto. Outro problema é que o governo
dá o mesmo kit para os bebês nascidos no verão e inverno. Assim, por exemplo,
as roupas de inverno não foram boas para as minhas meninas, pois elas nasceram
na primavera. Já para meu filho que nasceu inverno, o conjunto de inverno eram
muito grande no primeiro inverno e já não serviam mais nele no segundo. Acho
que eles deveriam mudar os tamanhos com base no tempo em que o bebê é estimado
que nascer.”
Acompanhamento pré-natal para todos
Mas não pense que aqui é tudo oba-oba! Rs.. Para receber o subsídio
maternidade do governo, a mãe deve ter visitado um médico no posto de saúde
(aqui todo atendimento médico é gratuito)
durante os quatro primeiros meses de gravidez e fazer acompanhamento
pré-natal até a hora do parto.
Licença maternidade/paternidade
Assim que o bebê nasce, a mãe
tem direito a tirar 17,5 semanas (praticamente cinco meses), mas a licença
também pode começar de cinco a oito semanas e meia antes do parto. A licença é
paga pelo empregador e pode variar de 40 a 70% do salário da mãe . Para os
papais, a licença é de três semanas. Sanna sente que a licença de maternidade aqui
na Finlândia é muito boa em comparação com outros países.
Licença parental
Confesso que essa era totalmente desconhecida para mim. Ela funciona
assim: um dos pais pode obter essa licença com duração de 26,5 semanas (mais ou
menos sete meses) começando imediatamente após a licença maternidade /
paternidade acabar. Um subsídio parental com base no rendimento é assegurado.
Se os pais desejarem trabalhar apenas meio período eles podem
acordar com seus chefes. No entanto, o subsídio parental será
proporcional. A lei finlandesa assegura
o direito ao emprego durante a licença.
Licença para assistência
Ainda de acordo com as Leis da Finlândia, um dos pais tem direito a
ficar em casa para cuidar de uma criança sem perder seu trabalho até a criança
completar três anos de idade. Nesse caso a família também recebe um subsídio,
mas esse é de aproximadamente 315 euros por mês (dados de 2010). O valor é
aumentado se tem mais de uma criança em casa.
Sanna afirma que, o fato da licença para assistência poder ser
dividida entre a mãe e o pai é um ponto positivo. “Quando Silja (uma de suas
filhas) era pequena, eu voltei a trabalhar quando ela tinha 10 meses e meu
marido ficou em casa por mais seis meses para cuidar dela. Eu acho que foi
realmente bom, pois ele pode cuidar de crianças, bem como
eu posso”. Dividir as tarefas para cuidar das contas e do bebê é benéfico para
todos, e aqui na Finlândia eles sabem disso!
Filho doente
Quem nunca teve que faltar no trabalho para cuidar do filhote que
ficou doente. E depois ter que negociar com o chefe banco de horas ou dinheiro
a menos no fim do mês. Aqui na Finlândia os pais não tem esse problema. Eles
tem direito de ficar em casa até quatro para cuidar do filho menor de 10 anos.
Adoção
Eu acho que adotar é um ato de amor. Um amor tão grande e infinito
que você gera um filho pelos laços do coração. Ai no Brasil vemos diversas
reportagens sobre a dificuldade de se conseguir licença maternidade nesses
casos. Paternidade então, quase nem pensar! Aqui, em terras finlandesas, os
pais de crianças adotadas também tem direito de receber subsídios do governo,
como licença maternidade e paternidade e o kit maternidade.
Felicidade
Diversos relatórios publicados na área da saúde afirmam que as mães
finlandesas são as mais felizes do mundo. E não é para menos, né?
Obrigada pela divulgação aqui, Dri. =)
ResponderExcluirBeijos,
Lidi